Muita coisa no mundo da música eletrônica mudou desde 90, quando baladas, boates e festas começaram a aparecer. Nesse tempo, a tecnologia era toda analógica, e apesar de já existir a mídia do compact disc, vulgo CD, na música eletrônica ainda se usava o vinil.
Obviamente, novas tecnologias apareceram e então, eu arrisco dizer que, praticamente 85% dos djs do planeta abandoram os vinis para usar os agora muito famosos CD Players. Com muito mais recursos como marcação de BPM, gráfico de progresso da música, marcação de cue (que consiste em marcar um ponto na música), existe a possibilidade de fazer pequenos ajustes para mixar usando o jog, marcador de tempo, e a possibilidade de usar o CD, fizeram com que muitas pessoas largassem o vinil por causa dos CD players.
Com o advento da internet e toda sua versatilidade, trouxeram os lançamentos mais frescos da música eletrônica pra mais perto do consumidor. Através de sites de lojas virtuais como o Beatport, o Resident Advisor e o Juno, além de oficializar os downloads, facilitaram o acesso dos djs às músicas. O que antes devia-se recorrer a lojas de discos, olhar e ouvir um por um, ou comprar em outro país, por ser mais barato, agora as pessoas podem fazer isso no conforto de suas casas. Gravar quantos CDs precisarem, e fazer downloads somentes das músicas que gostaram.
É óbvio que não ia parar por aí. A tecnologia voltada ao ramo musical evolui, e evoluiu muito rápido, e hoje já existem os recursos digitais. Munidos de um notebook, o Dj só precisa de um controlador MIDI pra tocar. E o melhor de tudo, sem usar um CD sequer. E essa era digital possibilitou a volta do vinil às cabines. Utilizando uma placa de áudio externa, com discos time coded (uma espécie de ruído codificado) e então ligando no notebook o dj consegue tocar com vinil, utilizando as músicas do próprio notebook em formato mp3.
Existe quem acredita que essas novas tecnologias fazem com que o djing se torne mais fácil, e quem é das antigas não costuma aprovar muito. Mas esses recursos digitais são tão versáteis, e tem um custo benefício tão bom, que até quem não é muito fã, tem aderido. O melhor exemplo, de interfaces de áudio utilizando notebook, é o Serato e o Traktor Scratch Live.
Nessa nova era digital, em se tratando de discotecagem, a aparelhagem varia de acordo com o gosto (e o bolso) de cada um. Desde equipamentos que são somente controladores MIDI, a equipamentos multimídia. Recentemente a Pioneer lançou novas CDJ que além de totalmente compatíveis com esse novo tipo de formato, além de funções tradicionais de um CD player padrão. Isso acontece nas novíssimas CDJ 2000, 850, 900 e 400. Além dos controladores MIDI SEP-C1 e MEP 7000.
Outra marca muito forte no mercado de controladoras e mixers é a Allen & Heath. O fabricante tem uma extensa linha de mixers e controladores da linha Xone, utilizado pelos melhores e mais respeitados djs e produtores da cena mundial. As controladores Xone mais utilizadas são a Xone:1D, Xone:2D, Xone:4D.
Além da Allen & Heath, a Vestax tem sido bastante procurada pela classe de djs a procura de controladoras midi e mixers. A controladora mais procura da Vestax é o VCM-600, que é inclusive utilizada em lives de vários artistas. Além de mixers excelentes como o PMC-580PRO, se não me engano, a linha PMC foi elaborada sob supervisão de Carl Cox.
Essa nova onda digital, tem possibilitado uma liberdade muito maior na hora de se construir um Dj Set. Possibilita que o dj tenha acesso a todo seu acervo de músicas, fazendo o set ficar mais dinâmico e mais bem construído. Quando se trata de CDs, o trabalho é mais limitado às músicas que foram gravadas e sempre ocorre de muitas boas músicas não serem gravadas. Ou seja, um dj que usa recursos digitais pra tocar, tem pelo menos 50% de chances de ter um dj set mais bem trabalhado, já que seu repertório está completamente disponível.