segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Gorge, o novo ícone do deep house




   Hoje, já dá pra afirmar, Gorge é o maior nome do deep house mundial. Não faz muito tempo que conheci o trabalho dele, coisa um ano, um ano e pouco, mas já foi o bastante pra ver MUITA coisa excelente. O produtor alemão, recentemente tocou no D-Edge em São Paulo, e notoriamente, o som foi excelente. Infelizmente, não ouvi muitos dj sets do Gorge, mas pelo pouco que conheci, é dono de uma técnica bem apurada, cortes precisos e mixagens extensas. 

  Recentemente, mais ou menos Junho, lançou o álbum Mood. São 11 faixas de muito deep house de ótima qualidade. Basicamente, traz à tona toda a identidade musical do produtor, e logo na semana passada, saiu a primeira parte do ep Mood Remixes, trazendo somente remixes do álbum em questão. Ambos lançados pela 8bit, selo de sua propriedade com o também produtor e dj Nick Curly, o álbum de remixes conta com trabalhos de Alex Niggemann, Chris Lattner, Milton Jackson, Daniel Dubb, Tommy Lee Brown Junior e Helmut Dubnitzky. Recomendo ouvir os dois. 
   Notoriamente, Gorge é um dos produtores que mais presto atenção na cena do deep house. E um dos que mais consigo extrair coisas legais. Pra todos aqueles que curtem um bom deep house e house, eu recomendo que ouçam suas produções. Sempre com uma certa leveza, e peso na medida certa, faz ser um som bastante agradável de se ouvir numa balada além de ser bastante versátil e servir tanto para warm-ups, como para fazer pista e quanto para fazer um after hours. 
  Para os que não conhecem Gorge, ou simplesmente nunca o viram tocando, vou deixar o link: Gorge @ D-Edge parte 2. Vale a pena o click. O vídeo demonstra a vibe e o alto nível da balada. 
  Eu até pensei em escrever mais, mas estou tendo um pequeno problema com falta de argumentos sem ser redundante. Então se eu achar mais coisas relevantes, volto aqui e atualizo o post. 

;)














terça-feira, 16 de novembro de 2010

Djing na era digital



   Muita coisa no mundo da música eletrônica mudou desde 90, quando baladas, boates e festas começaram a aparecer. Nesse tempo, a tecnologia era toda analógica, e apesar de já existir a mídia do compact disc, vulgo CD, na música eletrônica ainda se usava o vinil.
   Obviamente, novas tecnologias apareceram e então, eu arrisco dizer que, praticamente 85% dos djs do planeta abandoram os vinis para usar os agora muito famosos CD Players. Com muito mais recursos como marcação de BPM, gráfico de progresso da música, marcação de cue (que consiste em marcar um ponto na música), existe a possibilidade de fazer pequenos ajustes para mixar usando o jog, marcador de tempo, e a possibilidade de usar o CD, fizeram com que muitas pessoas largassem o vinil por causa dos CD players.
   Com o advento da internet e toda sua versatilidade, trouxeram os lançamentos mais frescos da música eletrônica pra mais perto do consumidor. Através de sites de lojas virtuais como o Beatport, o Resident Advisor e o Juno, além de oficializar os downloads, facilitaram o acesso dos djs às músicas. O que antes devia-se recorrer a lojas de discos, olhar e ouvir um por um, ou comprar em outro país, por ser mais barato, agora as pessoas podem fazer isso no conforto de suas casas. Gravar quantos CDs precisarem, e fazer downloads somentes das músicas que gostaram.
 
   É óbvio que não ia parar por aí. A tecnologia voltada ao ramo musical evolui, e evoluiu muito rápido, e hoje já existem os recursos digitais. Munidos de um notebook, o Dj só precisa de um controlador MIDI pra tocar. E o melhor de tudo, sem usar um CD sequer. E essa era digital possibilitou a volta do vinil às cabines. Utilizando uma placa de áudio externa, com discos time coded (uma espécie de ruído codificado) e então ligando no notebook o dj consegue tocar com vinil, utilizando as músicas do próprio notebook em formato mp3.
   Existe quem acredita que essas novas tecnologias fazem com que o djing se torne mais fácil, e quem é das antigas não costuma aprovar muito. Mas esses recursos digitais são tão versáteis, e tem um custo benefício tão bom, que até quem não é muito fã, tem aderido. O melhor exemplo, de interfaces de áudio utilizando notebook, é o Serato e o Traktor Scratch Live.
   Nessa nova era digital, em se tratando de discotecagem, a aparelhagem varia de acordo com o gosto (e o bolso) de cada um. Desde equipamentos que são somente controladores MIDI, a equipamentos multimídia. Recentemente a Pioneer lançou novas CDJ que além de totalmente compatíveis com esse novo tipo de formato, além de funções tradicionais de um CD player padrão. Isso acontece nas novíssimas CDJ 2000, 850, 900 e 400. Além dos controladores MIDI SEP-C1 e MEP 7000.
  Outra marca muito forte no mercado de controladoras e mixers é a Allen & Heath. O fabricante tem uma extensa linha de mixers e controladores da linha Xone, utilizado pelos melhores e mais respeitados djs e produtores da cena mundial. As controladores Xone mais utilizadas são a Xone:1D, Xone:2D, Xone:4D.
  Além da Allen & Heath, a Vestax tem sido bastante procurada pela classe de djs a procura de controladoras midi e mixers. A controladora mais procura da Vestax é o VCM-600, que é inclusive utilizada em lives de vários artistas. Além de mixers excelentes como o PMC-580PRO, se não me engano, a linha PMC foi elaborada sob supervisão de Carl Cox.
  Essa nova onda digital, tem possibilitado uma liberdade muito maior na hora de se construir um Dj Set. Possibilita que o dj tenha acesso a todo seu acervo de músicas, fazendo o set ficar mais dinâmico e mais bem construído. Quando se trata de CDs, o trabalho é mais limitado às músicas que foram gravadas e sempre ocorre de muitas boas músicas não serem gravadas. Ou seja, um dj que usa recursos digitais pra tocar, tem pelo menos 50% de chances de ter um dj set mais bem trabalhado, já que seu repertório está completamente disponível.



















terça-feira, 9 de novembro de 2010

27/11: Deep Loop Open Air

  No próximo dia 27 (sábado) acontecerá o Deep Loop Open Air. Uma das noites de maior sucesso do Club Fiction agora acontecerá ao ar livre, na chácara Marco Lélis, e trará os djs Aninha, residente da incrível Warung de Santa Catarina, Mauro Farina, residente do D-Edge no Paradise Afterhours de São Paulo, além dos djs Alex Justino, Fabrício Roque, Renato Borges, Hans, Fábio Alienato, Danke e Caramaschi, todos residentes do Club Fiction.
  Com certeza será uma noite incrível, com nove djs e muito house. Os ingressos estão custando 30 reais e estão/estarão à venda no Matahari Chopp House & Asian Food, Club Fiction, Psicodelic e Trupe do Açaí.
  

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Deep, deep, mais deep e um pouco de tech house




   Poucos artistas têm me agradado tanto como Aki Bergen, fato. O rapaz não só é um excelente produtor de deep house como também de house e tech house. E tenho achado seu som bem versátil, a título de atingir qualquer objetivo numa balada, after, warm-up, ou pista, e o mais impressionante: tudo com a mesma excelente qualidade.
   É notável também, que há selos que 'regulam' o que vão lançar em termos de estilo. Selos como a Sprout Music e a Plastik Park de propriedade do mestre D-Nox, lançam geralmente techno, tech house e minimal, Supernature deep house e tech house, 8bit idem, Get Physical, techno, tech house e deep house, e por aí vai...
  Mas assim como Aki Bergen, Neuroxyde, também tem produzido muita coisa legal. Trabalhou em diversos remixes e trax com o mesmo, e tem mostrado uma identidade musical bem legal em suas produções. Deep house e tech house com graves bem definidos loops de 8 beats em algumas músicas, e uso de auxílios vocais bem interessantes, que dão um diferencial nas tracks.

  Outro dia, havia deixado separado pra dar uma olhada no trabalho de Sergio Fernandez, fiquei MUITO supreso. Eu não esperava encontrar tanta coisa bacana. House, tech house, progressive house, deep house, tudo com muuuuuuuuito groove. Captain Bliss & Chris Coco - Harmonica Track (Sergio Fernandez Remix) [Toolroom Records] e Sergio Fernandez - Narimbo (Night Mix) [Nervous Records] são dois dos melhores exemplos de como tech house e house pode fazer uma pista ferver. Poucos produtores do deep e tech house tem produzido produções com tanto groove a ponto de ferver uma pista, ou pelo menos, é o que se tem visto nos diversos top 100 das lojas virtuais.
Aki Bergen




















Sergio Fernandez

















 



David Jones

   E além de house, há techno na bagagem de Sergio Fernandez, apesar de uma leve semelhança com tech house, ainda dá um puta groove. Recomendo a todos interessados que pesquisem a respeito desde artista que com certeza merece estar nas cases de todos os djs dos gêneros.
   Outro artista que devo dar o devido destaque aqui é David Jones, que lançou várias tracks pela Starlight Unlimited, e que por sinal, também produz bastantes coisas com Aki Bergen. David também segue na mesma linha dos dois produtores já citados, deep, tech house e house com bastante groove e dignos de pista quente. Ao contrário da maioria dos deep house e tech house onde servem mais para warm-ups, as produções destes três são tão diferentes que me deixaram supreso por essa característica.





















sexta-feira, 5 de novembro de 2010

So far, so Deep

  

   Nessa semana, usei parte do meu tempo disponível pra ver lançamentos de deep house no beatport. Sem top 100, queria somente ver o que estava saindo de bom e de ruim na cena eletrônica. Resultado? Me frustrei um pouco, mas me surpreendi bastante.
   Saiu no último dia 25, um álbum lançado pela NRK chamado de Deep Sensation 3. Como é um álbum, é um VA (vários artistas), e olha... tem muito cara bom e gente desconhecida inclusive no meio de figurinhas carimbadas no deep house como Kruse & Nurnberg. Gente que eu não conhecia, como é o caso de Nick Harris, que pra mim é o dono de uma das melhoras músicas do álbum. Além de Justin Drake e Chris Lattner, os quais tenho prestado mais atenção em seus trabalhos ultimamente.
   Obviamente, nem tudo que reluz é ouro. Claro que das 19 ou 20 tracks do disco, uma ou duas eu não gostei e talvez por serem muito experimentais e conceituais. Mas de um modo geral, o disco é excelente. Mas pra gostar, volto a dizer, tem que realmente gostar de house e de música eletrônica. Deixando de lado os "poperô" e outros hits. Isso meus amigos é MÚSICA. Realmente trabalhada com arranjos e músicas que não foram feitas pra serem hits. Recomendo bastante.


   Outro artista o qual vi um EP, lançado pela Wolfskuil Records e que merece seu devido destaque é Bas Amro, tem produzido deep house de excelente qualidade, sempre há uma melodia, graves em freqüências nem tão baixas, tornando o som mais leve, há auxílios vocais, e outros synths que servem para tornar a música ainda mais leve, bem típico de warm-ups de deep house e presente em sets dos melhores djs de deep house.
   O EP Le Huitieme Arrondissement, conta com duas tracks com o próprio nome, uma original, e uma remix de Pitto além da track Sunday Rut. As duas originais de Bas Amro estão no contexto do deep house e house respectivamente, enquanto que o remix de Pitto já segue em Breaks. São sons muito bons de se ouvir, que inclusive podem servir de inspiração para vários produtores e inclusive, para vjs produzirem seus loops. Recomendo ouvir também.

   Vou postar somente esses dois por enquanto, pra não ficar muito carregado os posts e tudo mais. Depois posto de outros artistas que têm me deixado surpreso com a qualidade de seus trabalhos. =]