quarta-feira, 13 de junho de 2012

Deep Loop #7



     Sim amigos! Deep Loop #7! Uma das maiores festas do Centro-Oeste está de volta em sua 7ª edição, com um line-up nacional bem interessante.
     Desta vez, os headliners são ninguém menos que Paulo Boghosian (3plus), residente do incrível Warung Beach Club e do D-Edge, Eleito o melhor DJ do Brasil pela Cool Magazine durante três anos consecutivos, Boghosian dispensa apresentações. Mas a gente gosta de falar do que é bom! Por isso, apresentamos o Residente do Warung e também do D-Edge como mais uma das atrações de peso confirmadas para a Deep Loop, e Renee Mussi residente da Pacha de Florianópolis e membro do casting do D-Edge Agency, indicado como DJ Revelação Nacional no Rio Music Conference, Renee desembarca na Deep Loop para nos mostrar seu som. O resto do line-up, seguem os residentes da festa, Alex Justino (D-Edge Agency), Fabrício Roque (DaFirma) e Fábio Alienato (DaFirma/D-Edge Agency). Os visuais, ficam por conta do talentoso VJ Erms, autor do incrível mapping das edições #4 e #6. 
      A festa será realizada no espaço Aldeia's Eventos, no Parque Amazônia. E os ingressos estão disponíveis em:



* Psicodelic 3.1s - T-53, Setor Bueno/Buriti Shopping

* Trupe do Açaí - Av. 136/T-15

* Vendas Online: www.ticpass.com

     


     Save the date! 

















quarta-feira, 6 de junho de 2012

[Resenha] Pacha



     Depois de um tempo (longo) por falta de tempo, posto aqui novamente e desta vez, uma pequena e simples resenha do que vi, ouvi e senti do mais novo club da capital goiana.
     Conforme já dito anteriormente, eu estava bem ansioso pra ver como as coisas iriam ficar na mais nova filial do clube de Ibiza. E me surpreendeu. A começar pelo poderoso soundsystem de excelente qualidade, o qual me lembrou bastante os enormes DAS que tinham no extinto Fiction. Som de primeira, graves gordos, médios no ponto, agudos idem. Há muito tempo eu não via algo desse nível por aqui. Recentemente, em termos de qualidade de áudio, somente o Sedna se aproximava, mas ainda assim ficava devendo em algumas coisinhas. Mas de qualquer forma, excelente qualidade de som.
     Em termos visuais, poucos clubs do Brasil tem uma decoração tão rica, bem feita e diferente. A arquitetura do club é simplesmente impecável. Ficou tão bonito, mas tão bonito, que descrever com palavras não vai passar o que realmente a casa conseguiu fazer. Seguem fotos abaixo.








    Um dos pontos fortes no meu ponto de vista, é o terraço. Consiste em uma área para fumantes, porém, totalmente isolada acusticamente. O isolamento foi tão bem feito, que praticamente deixou o lado de fora mudo, embora as freqüências de sons graves ainda serem audíveis, dá pra conversar no celular sem nenhum problema.
     O sistema de climatização é bastante eficiente. Ar-condicionado poderoso exerce a sua função com facilidade mesmo em dias de casa cheia. Inclusive, as vezes trabalha exageradamente pois senti MUITO frio no fim da noite devido à casa estar relativamente vazia.
     O dia no qual escolhi pra ir conhecer a Pacha, fui numa quinta-feira pra ouvir o som do Viktor Mora, que já foi comentado por aqui. Do ponto de vista de música, OK. É uma casa de proposta mais comercial, e assim o faz. Entretanto, sem precisar recorrer a atores, pessoas famosas, personalidades ou não para fazer a casa encher. E vendem o que toda balada precisa vender: música.
     O warm-up neste dia foi assinado pelo DJ John John, ex-residente do Sedna Lounge. Devo dizer: não gostava muito do trabalho dele na época do Sedna, pois sempre achei que faltasse construção, identidade e foco no set. Porém, desta vez, foi excelente! Som impecável, deep house, house e tech house, tudo macio, nem lento, nem rápido - no ponto. Muitas tracks legais, com muito groove. Foi tão bom, que gostei mais do warm-up que do som do Mora. E não é porque sou mais chegado a low bpm, mas sim, porque apesar de ser low, não foi tão underground, nem tão mainstream.
    Já o som do Mora, o qual eu já conhecia, acabou devendo. Achei exageradamente comercial, ou talvez seja porque não estou ligado nas novas tendências do progressive house, e talvez seja isso o que tem tocado por aí. Ainda assim, não caiu no meu gosto. Mas tá valendo, considerando a proposta da casa e o gosto do público que freqüenta.
     Em termos de atendimento, nota 12. Caixas eficientes, competentes, e funcionários muito educados. Ponto alto também. Apesar de estar na faixa de normalidade de outras baladas do Brasil, achei os preços um tanto quanto salgadinhos. Valores da entrada, OK, mas os preços das bebidas... De qualquer forma, o club é excelente e altamente recomendável pra quem gosta de sair pra lugares bacanas, com muita gente bonita e porque não dizer música boa? Fazem noites de house e hip  hop pensando em todos os públicos, então acabam conseguindo agradar os que não são tão chegados a compassos regulares 4/4 ou 8/8.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A música, o glamour e a vibe



     Que eu, órfãos da Fiction e várias outras pessoas andam descontentes com a atual cena da música eletrônica em Goiânia não é novidade. Entretanto, recentemente, uma postagem de Fabrício Roque no facebook me fez pensar em como estamos lidando com o "problema", e em como pode-se resolver ou reverter a atual situação.
     Goiânia, infelizmente, não possui o mesmo volume, nem a mesma qualidade do público que São Paulo dispõe, que pode sustentar um club "underground" por muito tempo. Porém, me fez parar para pensar e analisar alguns fatos e dados, tomando como base a única representação do "underground" disponível que é a Deep Loop.
     Pensando somente em possibilidades e considerando exemplos que deram certo em locais que até então não havia ninguém no contexto, é possível tirar boas expectativas a respeito. Tomando como base a Deep Loop, que começou em setembro de 2010, e sua primeira e modesta edição contou com Aninha e Mauro Farina, residentes do Warung e D-Edge (até então), no line-up tinham aproximadamente 200 a 300 pessoas. Já na segunda edição, a qual não estive presente, mas comenta-se que haviam entre 300 e 500 pessoas e contou com Ingrid, também residente do club paulistano D-Edge, e Alê Reis, do dueto com João Lee, Dubshape. Na terceira edição, com local novo, um video mapping insano, Diogo Accioly e China, ambos do D-Edge, no line-up, levaram a Deep Loop a outro patamar em uma festa que muito facilmente contou com um público próximo de 1000 pessoas. Na quarta edição, a festa já havia tomado proporções tão grandes que outro local precisou ser escolhido para acomodar o enorme e crescente público, e a festa que contou com Dubshape (João Lee e Alê Reis) e Lubalei (Residente do Superafter do D-Edge), provavelmente tinha um público próximo de 1200 a 1500 pessoas. E na última e mais recente edição, que contou com Gorge, proprietário dos selos Katchulli Records e 8bit records, teve um público muito provavelmente próximo das 2000 pessoas.
     O crescimento do contexto da Deep Loop é gradual e, caso fossemos representar em gráfico de público/edição, seria uma curva ascendente, provando que este segmento, o "underground", tem sido mais procurado pelo público, e as pessoas aparentemente estão começando a cansar de pagar pra ter "glamour", mas não ter música, não ter vibe. O crescimento da festa dá-se da maneira mais simples e que eu acredito ser a melhor possível: boca a boca. As primeiras 200 pessoas, gostaram tanto que chamaram outras pessoas para irem, que por sua vez, também gostaram e então levaram mais gente. Ou seja, a idéia de se divertir, num lugar com boa música, parece dar certo.
     Na verdade, isso de "glamour", provavelmente enche o saco quando a pessoa resolve sair pra uma balada, e ouvir músicas novas, diferentes, coisa que não se toca em rádios. Se uma casa, uma festa, quer ser respeitada, esta precisa vender aquilo que espera-se encontrar: música. Que aliás, pra mim, este é o propósito de uma boate, ter música na qual as pessoas vão para ouvir e dançar.
     Essa idéia de vender música, Goiânia teve dois clubs bastante respeitados no cenário nacional e internacional, que foram o  Pulse Club & Lounge e o Club Fiction. Ambos deram certo, durante um período de tempo considerável, e ambos eram muito bem frequentados até alguém resolver dizer que a moda era ir para algum lugar se divertir "com glamour". É claro que o comercial ganhou muita força por aqui. O problema foi que começaram a aparecer várias casas neste segmento, de modo que a cena se tornou somente comerical. Excessivamente comercial. E como tudo em excesso, diminui o prazo de validade, muita gente já voltou a procurar as festas e casas "underground", nas quais pudessem se divertir sem se preocupar em como estivessem vestindo, bebendo, dançando e até conversando. O que tornou a noite mais divertida que no lado mais comercial da coisa. O que nos leva e pensar: Goiânia teria espaço pra outro club assim? Teria. Mas ele não pode começar querendo ser grande, pois não temos tanto público assim, então seria preciso criar uma fidelidade com o público, e fazê-lo crescer. Contudo, demanda muito tempo, e dinheiro, mas acredito nessa possibilidade sim. Basta alguém querer, e fazer acontecer. Poderíamos ter uma espécie de D-Edge do cerrado se o trabalho for feito corretamente.
     Depois de alguns (ou vários) puxões de orelha, mesmo que minha opinião não tenha força, parece que a casa na qual eu mais falava mal por aqui, resolveu fazer o que deveria ter feito há tempos: vender música. E aparentemente pararam com a tal da "presença vip", e dos "famosos" "atacando de DJ". Continuam comerciais? Sim, claro, pois é disso que gostam e preferiram fazer, mas, vendendo música e colocando profissionais de verdade para o trabalho.
     Aliás, um exemplo muito interessante no qual as pessoas, proprietários e promoters deveriam seguir, é o D-Edge. Por quê? Porque é, com quase toda certeza, o mais importante club do Brasil, e um dos mais famosos clubs do mundo. O D-Edge completou 12 anos de existência, e quem seria o melhor pra dizer como as coisas funcionam, o que já aconteceu, como eles pensam e o que acontece por lá que os DJs, o proprietário e os promoters do club? Não custa nada seguir um exemplo que deu certo, e funciona com base na música.



     Fecho a postagem deixando este vídeo do D-Edge, para que talvez, pessoas reflitam sobre como uma balada realmente deve ser, e se atinge o sucesso, dispensando o glamour e o luxo. Baseando-se somente em música, vibe, e inovação.














quarta-feira, 28 de março de 2012

Deep Loop #6, Pacha e coisas novas






     Dado a um problema relativo a tempo disponível, cujo mesmo anda em falta devido a compromissos acadêmicos e profissionais, acabei deixando o blog um tanto quanto largado. Entretanto, digo que sempre que possível, postarei por aqui, como é o caso deste post que vai relatar e falar e de algumas coisas que aconteceram de janeiro para cá.
     Sim amigos, até que enfim a tão comentada Pacha chegou. Demorou, mas não falhou. E a filial do clube de Ibiza veio com tudo para as noites goianas. Trazendo novos nomes, e nomes já conhecidos em seu contexto musical, a Pacha Goiânia mostrou que não veio a passeio e em pouco tempo de funcionamento, trouxe grandes nomes do progressive house, em todo seu espectro, desde o um pouco mais comercial, ao mais pesado, grandes artistas e projetos muito interessantes.
     Internamente, o clube ficou muito bonito, com tudo o que há de mais moderno em termos de decoração e equipamento. Com um soundsystem de primeira, é o único clube atual da capital goiana, que remete ao tão comentado sistema DAS que o antigo Club Fiction possuía. Com uma qualidade de áudio incrível, os mais técnicos dizem que atualmente é o melhor lugar pra se tocar, tendo levado em conta seu público, o som e toda a parte técnica. Goiânia voltou a ter uma casa que realmente vende música, e a leva a sério. Como se já não bastasse a casa estar fadada ao sucesso devido ao fato de ser franquia de uma das mais famosas, se não mais famosa, franquias de boates internacionais, o Clube ainda conta com profissionais respeitados em seu casting, como o DJ residente, Alex Justino e o VJ Felipe Monteiro, além de outros nomes de peso que passam por ali constantemente como o DJ Renato Borges e André Pulse. Que continuem assim, e cada vez melhor.
   


     Sábado passado, aconteceu mais uma histórica Deep Loop. O evento que já tem tomado proporções épicas, escreveu mais um capítulo na história. Que a marca Deep Loop já é grande, todo mundo consegue perceber, que é uma marca respeitada em todo o cenário da música eletrônica também. Quando começaram a montar o line-up do evento, eu imaginava ver algum outro grande nome nacional como headliner da festa. Talvez voltassem com um ou dois residentes do D.Edge como Tuco Rosa e Lubalei, talvez residentes de outro club como o Warung, e porque não pensar em Gui Boratto como provável headliner? Seu som macio, bem elaborado e com arranjos que remetem ao deep house atendem a todas as características da festa. Mas não! Fiquei muito surpreso ao ver que o headliner da festa era nada menos que o mito do deep house, Pit Gorge Waldmann.
 


     Boom! Minha cabeça explodiu. Eu não imaginava na possibilidade de ver Gorge tocar de novo em Goiânia, muito menos em um evento como a Deep Loop, visto que vários fatores como coincidir a data da festa e sua estadia no Brasil. Por uma enorme felicidade da minha pessoa, tudo certo para que ele tocasse por aqui nessa semana.

     A festa contou com um line-up interessante, e que me agradou bastante. A ordem dos DJs era basicamente: André Pablo (Baobá Lounge Bar), Rafael Danke (Lo Kik), Alex Justino (D.Edge), Gorge (8bit), Fabrício Roque e Fábio Alienato (D.Edge). A assinatura do video mapping, mais uma vez ficou por conta do VJ Erms.
   


     Em espectro geral, INCRÍVEL. A princípio confesso que fiquei assustadíssimo com o nível do mapping feito pelo Erms. Completamente impecável e diferente de tudo que já havia tido por aqui, os visuais se tratavam de uma decomposição do logo da Deep Loop, e dispostos em diferentes planos e diferentes níveis de altura, tornou o mapping ainda mais insano ao se manter no centro da "tela", o logo da Deep Loop de modo relativamente estático, mudando somente às vezes. Simplesmente incrível. Quando eu achava que tudo já havia chegado num nível em que pouco mudaria, o Erms aparece e mostra como se deve fazer um mapping diferente e bem trabalhado.

     A respeito dos sets, música boa de cabo a rabo. Deep house mega low bpm no começo da festa eu achei demais. Warm-up que se preze de fato não pode passar de 115bpm. Entretanto, ter ouvido muita música do top 100 de deep house do Beartport, infelizmente fez o quesito pesquisa ficar devendo ao André Pablo. Som excelente, contudo, sem identidade própria. Nada que o tempo faça melhorar, até porque, ninguém já começa algo sabendo. Na seqüência, Rafael Danke assumiu a cabine e tocou exatamente como eu gosto de ouvir num set de começo de festa: grooveado, linhas de grave moderadas e extensas, percussões relativamente fortes, poucos vocais e beats lentos que não passavam de 118 ou 120bpm. Fino, simplesmente. Em seguida, Alex Justino entrou e fez o que seria a transição de um warm-up pra um headline. Macio, muito house até a metade do set, e então, depois da metade, começou a pancadaria com um deep house mais forte e creio que até tech house, de modo a entregar a pista já quente ao pequeno DJ e produtor alemão, Gorge. 

      O set do Gorge, foi um absurdo. Deep e tech house pesadíssimos, linhas de graves extensas e fortes, e 90% do set só de músicas unreleased que chegaram para serem lançadas em seus dois selos, 8bit Records (cujo sócio é o também produtor e DJ Nick Curly) e Katchuli Records (de sua propriedade). Ou seja, um set inteiramente diferente e inédito, uma vez que boa parte das tracks ninguém ainda sabe quais são. A levada da construção do set do Gorge segue o padrão de quase todos os produtores alemães, com mixagens extremamente precisas, onde mal dá pra identificar quando uma música acabou de entrar e quando outra música saiu, típico de mixagens longas, em que consome cerca dos últimos 2 minutos de cada track e o primeiro minuto da track seguinte. Simplesmente incrível. Além de tudo, como se não bastasse, Gorge é extremamente carismático e gostou bastante de ter tocado em Goiânia na primeira vez, o que deixou boas impressões pra descer o sarrafo no set desta edição da Deep Loop. Impecável. Em uma conversa com ele, ele me contou ter ficado muito impressionado com o mapping feito pelo Erms e com, até então, o som do Rafael Danke.


     Em seguida foi a vez de Fabrício Roque. Eram mais de 5 horas da manhã quando ele assumiu a cabine. Mas, infelizmente assim que o Gorge terminou seu set eu fui embora. Estava muito cansado e meus olhos ardiam por causa da fumaça de cigarro. O lugar, infelizmente não tinha exaustores o que atrapalhou um pouco eu curtir a festa como deveria. Entretanto, amigos me contaram que os sets do Fabrício e do Alienato foram incríveis, com direito a War Paint ft. Gina Mitchell (Claude VonStroke Remix), Who's Afraid Of Detroit (Claude VonStroke Remix), que não poderiam faltar em sets do Fabrício, que inclusive contou com seu live de gaita que é sempre sensacional. E o set do Alienato, como sempre, com muita novidade em termos de deep house e tech house. Ficar excessivamente cansado aos finais de semana, infelizmente, agora são meus ossos do ofício...


     De maneira geral, nota 10 pra toda a equipe Deep Loop e principalmente pelo público. Pelo público que soube ouvir música boa, música diferente e soube, como sempre, valorizar cada DJ que subiu ali, fazendo a festa toda ser incrível, tanto para os DJs e organizadores, quanto para o próprio público que se empolga mais ainda ao ver os DJs animados e felizes com cada reação que a pista tem ao tocar suas músicas. Um evento legal, não precisa cobrar os olhos da cara e colocar pessoas 'famosas', pro lugar ser bem freqüentado e festa ser boa. Só precisa de música de primeira, DJs de primeira, e um público que vai ser de primeira por pagar pra ver os caras tocando, e não estar ali pra ser 'descolado'. Então, a toda equipe da Deep Loop, meus sinceros parabéns e que venha a próxima.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Restrospectiva e perspectiva



     Ano novo, talvez vida nova. 2011 de um modo geral foi um ano médio para a música eletrônica de Goiás. Tivemos muitas coisas boas, mas também tivemos coisas ruins. Clubs ou 'clubs' trazendo 'famosos' para 'tocar', algumas casas que não conseguiram abrir no tempo pré-determinado, outras que abriram, algumas festas ruins, outras muito boas. Tivemos um crescimento considerável da cena no interior do Estado e também tiveram novas pequenas iniciativas que foram tomadas por pessoas que zelam pela qualidade da vida noturna de Goiânia.
     Do ponto de vista de música, 2011 foi um ano excelente pros produtores e DJs de Goiás, assim como 2012 que começou muito bem pra alguns desses DJs. Que se é possível citar, Alex Justino pisou num patamar bem alto no ano de 2011 e como já era de se esperar 2012 começou ainda melhor que 2011 com duas datas específicas para o DJ e produtor. Em 2011 foi o ano da primeira gig do goiano em um dos mais aclamados clubs do mundo, o D.Edge. Como se já não bastasse, em 2012, Alex Justino começou o ano tocando no D.Edge na quinta-feira (5/1/12) e logo na seqüência, no sábado dia 7/1/12, se apresentou em um dos clubs mais famosos do Brasil, o Sirena, em Maresias-SP. Para completar, juntamente com o produtor Vini Correia, Alex anunciou e publicou em seu soundcloud a track You Got The Love. Que pode ser conferida em versão prévia no http://soundcloud.com/alexjustino/yougotthelove  .
     O que se esperar para 2012? Não fazemos idéia até vermos o que tem para acontecer por aqui. O ano começou muito bem pros profissionais que residem por aqui, e se nossas festas e clubs forem tão bons quanto 2012 começou para eles, teremos noites bem animadas e com muita música boa pra se ouvir por aqui. Por falar em clubs, no fim de 2011, o então incógnito Café De La Musique deu as caras por aqui. Em seu conceito de dining music, o club foi muito bem comentado e recomendado pelas pessoas que elogiaram a qualidade da música e inclusive a qualidade da comida, apresentação dos pratos e etc.
     A Pacha, por enquanto só obras. Aparentemente já está em fase final da obra mas ainda não se sabe ao certo quando será entregue e inaugurada. Inclusive ouvi rumores de que a inauguração vai contar com a apresentação do DJ e produtor Sérvio-Australiano Dirty South. Rumores, como sempre. Espero que seja verdade.
     Em 2012 ainda não sabemos muito bem ao certo se teremos festas boas como em 2011, quando tivemos 4 edições da Deep Loop, uma festa de turnê do club catarinense Warung Beach Club e alguns outros eventos menores em cidades próximas como Anápolis. Mas, provavelmente teremos mais edições da aclamada Deep Loop, além de inaugurações de outras casas, festas promovidas por outras casas, que por sinal, as últimas duas festas das casas de "luxo" por aqui não foram muito bem comentadas por aí. A festa do Sedna, eu mesmo apontei uma série de defeitos e deficiências de um evento com sucesso potencial mas que foi jogado fora. A segunda, promovida pela Royal, ouvi tantos comentários contra a festa que nem perdi meu tempo de escrever sobre isso aqui.
     Para 2012, eu espero que as casas, promoters e até DJs façam seus melhores pelo bem da cena local, e em prol da diversão dos goianienses. Aos poucos as pessoas têm aprendido que para uma festa; um evento ser bom, só se precisa de música boa, organização e dedicação. Aos poucos as pessoas tem aprendido a curtir a noite de balada sem ostentação e aparências. Aos poucos. O que resta é continuar na fé de que isso vai melhorar em 2012 e Goiânia vai ser um ótimo lugar pra se ouvir música eletrônica de qualidade, de novo.