Depois de um tempo (longo) por falta de tempo, posto aqui novamente e desta vez, uma pequena e simples resenha do que vi, ouvi e senti do mais novo club da capital goiana.
Conforme já dito anteriormente, eu estava bem ansioso pra ver como as coisas iriam ficar na mais nova filial do clube de Ibiza. E me surpreendeu. A começar pelo poderoso soundsystem de excelente qualidade, o qual me lembrou bastante os enormes DAS que tinham no extinto Fiction. Som de primeira, graves gordos, médios no ponto, agudos idem. Há muito tempo eu não via algo desse nível por aqui. Recentemente, em termos de qualidade de áudio, somente o Sedna se aproximava, mas ainda assim ficava devendo em algumas coisinhas. Mas de qualquer forma, excelente qualidade de som.
Em termos visuais, poucos clubs do Brasil tem uma decoração tão rica, bem feita e diferente. A arquitetura do club é simplesmente impecável. Ficou tão bonito, mas tão bonito, que descrever com palavras não vai passar o que realmente a casa conseguiu fazer. Seguem fotos abaixo.
Um dos pontos fortes no meu ponto de vista, é o terraço. Consiste em uma área para fumantes, porém, totalmente isolada acusticamente. O isolamento foi tão bem feito, que praticamente deixou o lado de fora mudo, embora as freqüências de sons graves ainda serem audíveis, dá pra conversar no celular sem nenhum problema.
O sistema de climatização é bastante eficiente. Ar-condicionado poderoso exerce a sua função com facilidade mesmo em dias de casa cheia. Inclusive, as vezes trabalha exageradamente pois senti MUITO frio no fim da noite devido à casa estar relativamente vazia.
O dia no qual escolhi pra ir conhecer a Pacha, fui numa quinta-feira pra ouvir o som do Viktor Mora, que já foi comentado por aqui. Do ponto de vista de música, OK. É uma casa de proposta mais comercial, e assim o faz. Entretanto, sem precisar recorrer a atores, pessoas famosas, personalidades ou não para fazer a casa encher. E vendem o que toda balada precisa vender: música.
O warm-up neste dia foi assinado pelo DJ John John, ex-residente do Sedna Lounge. Devo dizer: não gostava muito do trabalho dele na época do Sedna, pois sempre achei que faltasse construção, identidade e foco no set. Porém, desta vez, foi excelente! Som impecável, deep house, house e tech house, tudo macio, nem lento, nem rápido - no ponto. Muitas tracks legais, com muito groove. Foi tão bom, que gostei mais do warm-up que do som do Mora. E não é porque sou mais chegado a low bpm, mas sim, porque apesar de ser low, não foi tão underground, nem tão mainstream.
Já o som do Mora, o qual eu já conhecia, acabou devendo. Achei exageradamente comercial, ou talvez seja porque não estou ligado nas novas tendências do progressive house, e talvez seja isso o que tem tocado por aí. Ainda assim, não caiu no meu gosto. Mas tá valendo, considerando a proposta da casa e o gosto do público que freqüenta.
Em termos de atendimento, nota 12. Caixas eficientes, competentes, e funcionários muito educados. Ponto alto também. Apesar de estar na faixa de normalidade de outras baladas do Brasil, achei os preços um tanto quanto salgadinhos. Valores da entrada, OK, mas os preços das bebidas... De qualquer forma, o club é excelente e altamente recomendável pra quem gosta de sair pra lugares bacanas, com muita gente bonita e porque não dizer música boa? Fazem noites de house e hip hop pensando em todos os públicos, então acabam conseguindo agradar os que não são tão chegados a compassos regulares 4/4 ou 8/8.